HISTÓRIA ABREVIADA DA TANZANIA
E DA CHEGADA DOS ESPIRITANOS À ÁFRICA DO LESTE
descobriu os restos fossilizados do Homo habilis (o homem técnico) cuja idade se calcula em 1.750.000
anos e considerado o predecessor do homem moderno.
A Tanzânia foi ocupada por várias tribus africanas, mais recentemente pelos Massai vindos do
Quénia, muito orgulhosos das suas tradições. Os comerciantes árabes visitaram a costa há uns
2,000 anos e estabeleceram-se em Zanzibar por volta do século oitavo AD, abrindo, depois,
estradas para o interior. Dos cruzamentos dos árabes com as populações locais surgiu um povo
novo com a sua lingua – Kiswahili (Swahili) cuja palavra – safari (= jornada) – se tornou uma
palavra internacional para designar uma excursão à selva.
Os Portugueses estabeleceram acampamentos temporários ao longo do século XVI; foram
suplantados no século XVII pelos Omanos que se dedicaram ao comércio infame da escravatura.
No açambarcamento da África pelas potências europeias, nos fins do século XIX, tocou à
Alemanha ocupar a parte continental do país, ao mesmo tempo que Zanzibar era entregue à
Inglaterra como protectorado. Depois da Primeira Guerra Mundial a Alemanha foi obrigada a
entregar a sua parte de território aos Ingleses
A Tanganica, assim era conhecida a parte continental na altura, conseguiu a independência em
1961.
Geografia
A Tanzania tem uma superfície de 937.062 Km.2 , sendo assim o país maior da África de Leste.
Situada a sul da linha do Equador, a Norte confina com o Quénia e a Uganda; a Oeste com a
República Democrática do Congo, o Ruanda e o Burundi; a Sul com a Zambia, o Malawi e
Moçambique. É, pois, um ponto estratégico donde se pode explorar o Leste, o Centro e o Sul da
África. No seu interior fica o Vale da Grande Fenda essa abertura linear comprida através da
espinha dorsal da África que na Tanzania deu origem a fascinantes formas topográficas como a
Cratera de Ngorongoro e o Lago Tanganica. O planalto central (1.200 m. acima do nível do mar) é
uma extensa savana com floresta dispersa. A Norte fica o Monte Kilimanjaro, a montanha mais alta
da África.
Enquanto o interior é árido em grande parte, os 800 quilómetros da costa são de verdura
luxuriante e bordados com palmeiras, tal como o são as ilhas de Zanzibar, Pemba e Mafia.
Clima
As regiões costeiras são quentes e húmidas com uma temperatura média de 30ºC durante o dia. As
brisas do mar tornam o clima muito agradável de Junho a Setembro. O planalto central goza de
dias quentes e noites frescas. A parte montanhosa, entre a costa e os planaltos do norte, tem um
clima agradável de Janeiro a Setembro, com temperatura média de uns 20°C. Ao redor do
Kilimanjaro, temperatura varia conforme a estação, registando uns 15°C durante os meses de Maio
a Agosto e 22°C durante os meses de Dezembro a Março. Para todo o país os meses mais quentes
são os compreendidos entre Outubro e Fevereiro. A estaçaõ chuvosa mais importante vai de
meados de Março até aos fins de Maio.
Com uma localização tão perfeita, dependurada na ponta do Continente Africano e em frente do
Oceano Índico, o tempo e o clima da Tanzânia nada deixam a desejar de melhor.
A dias quentes e soalheiros seguem-se noites frescas e deliciosas; quer o hóspede se encontre num
safari nas planícies de Serengeti ou goze das praias tropicais de Zanzibar, as temperaturas são
sempre acolhedoras e gentis para tornar a visita do hóspede confortável nas residências e hotéis do
país.
KILIMANJARO – O TECTO DA ÁFRICA
O monte Kilimanjaro é mais valia a coroar a Tanzânia. Levantando.-se abruptamente, a partir de
planícies abertas, com um chapéu de neve e frequentemente revestido de nuvens como rendas, é
um das imagens clásicas de África. Com os seus 5.890 metros de altitude é a montanha mais alta
do continente; Tem o cimo mais alto do mundo onde é possível caminhar. O diâmetro da base é de
64 quilómetros. Kilimanjaro é ainda a montanha mais alta do mundo livre (de habitants).
Kilimanjaro é um volcão adormecido mas não extinto. Por vezes ouvem-se os seus urros
estrondosos- ao mesmo tempo que os gases escapam pelos buracos da sua cratera. A três degraus
ao Sul do Equador, os picos de Kibo e Mawenzi cobrem-se de chapéus de neve permanente.
Durante a sua estadia na montanha, os alpinistas passam do clima tropical para clima ártico, em
questão de dias. Os variados carreiros atravessam florestas regadas pela chuva, e estepes abertas
onde nos surpreendem lobélias gigantes, de porte semelhante aos cactos.
Mais acima desta estepe, a paisagem é quase lunar como a de um deserto alpino que se estende
entre os dois picos do Kibo, uma cúpula terminada em terraço ao centro, e Mawenzi, um grupo de
pontas afiadas e pináculos a Leste. Por muito inóspita que esta paisagem lunar nos pareça, há
animais que por ali vagueiam às manadas.
O ponto mais alto em Kibo, e em todo o Kilimanjaro é o Pico Uhuru, com os glaciares
dependurados que são um verdadeiro espectáculo e uma vista estupenda das planícies africanas
situadas no sopé, a 6.096 metros. Também em Kibo há um outro pico ligeiramente menor,
chamado o Ponto de Gillman. Trata-se de pontos que muitos caminheiros escolhem como metas.
Os picos do Mawenzi estão reservados a alpinistas profissionais.
Com o apoio de transportadores e um guia, é possível caminhar até alcançar o cume sem o
equipamento especial de alpinistas – ou a experiência. O Kilimanjaro pode ser alcançado por
qualquer pessoa razoavelmente bem constituída. Há roteiros variados incluindo Marangu, a
subida mais fácil e, por isso, a mais popular. Os outros são Machame, Shira, Umbwe e Rongai. A
escalada completa leva cinco a seis dias e inclui quatro ou cinco noites passadas em cabanas
confortáveis da montanha
Obs: Na imagem o monte Kilimanjaro com os seus 5.890 metros de altitude é a montanha mais alta
do continente Africano.
Mais sobre Tanzânia no próximo número.
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