Viver a fé com liberdade é um dos maiores desafios atuais, segundo Papa
“Venho aqui para me encontrar com milhares de jovens de todo o mundo, católicos, interessados por Cristo ou à procura da verdade que dê sentido genuíno à sua existência.”
Estas foram as primeiras palavras de Bento XVI ao chegar a Madri , para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em um discurso no qual o Pontífice falou especialmente das dificuldades que muitos jovens cristãos enfrentam para viver e manifestar suas crenças.
Em seu breve discurso no aeroporto, o Papa Bento XVI afirmou que este encontro mundial de jovens traz “uma mensagem de esperança, como uma brisa de ar puro e juvenil, com aromas renovadores que nos enchem de confiança face ao amanhã da Igreja e do mundo”.O Pontífice quis ressaltar a importância da JMJ como expressão pública da fé dos jovens, bem como a necessidade, na Igreja, de reforçar esta mesma fé, em uma época em que estas manifestações acabam sendo difíceis.
Destacou também, entre os maiores desafios que os jovens devem superar hoje, além da crise e do vazio moral, as dificuldades econômicas e as incertezas, precisamente a do secularismo, que pretende afogar a presença do âmbito religioso.
Muitos jovens, afirmou, “por causa da sua fé em Cristo, são vítimas de discriminação, que gera o desprezo e a perseguição, aberta ou dissimulada, que sofrem em determinadas regiões e países”.
“Molestam-lhes querendo afastá-los d’Ele, privando-os dos sinais da sua presença na vida pública e silenciando mesmo o seu santo Nome.”
Neste contexto, sublinhou, “é urgente ajudar os jovens discípulos de Jesus a permanecerem firmes na fé e a assumirem a maravilhosa aventura de anunciá-la e testemunhá-la abertamente com a sua própria vida. Um testemunho corajoso e cheio de amor pelo homem irmão, ao mesmo tempo decidido e prudente, sem ocultar a própria identidade cristã, num clima de respeitosa convivência com outras legítimas opções e exigindo ao mesmo tempo o devido respeito pelas próprias”.
“Eu volto a dizer aos jovens, com todas as forças do meu coração: que nada e ninguém lhes tire a paz; não tenham vergonha do Senhor”, exortou o Papa.
Por sua parte, o Rei da Espanha, em seu discurso de boas-vindas, insistiu na preocupação pela crise de valores que a sociedade atravessa hoje. “Estes não são tempos fáceis para uma juventude tantas vezes frustrada por falta de horizontes pessoais e trabalhistas, que se rebela diante dos graves problemas que afetam o ser humano e o mundo de hoje”, reconheceu o monarca.
Os jovens precisam “não somente de oportunidades, mas também da exemplaridade dos mais velhos; não somente de razões, mas de atitudes que motivem, preencham e impulsionem a sua existência e alimentem a sua esperança”.
“Experimentar o anseio pelo que é realmente grande faz parte do ser jovem”,
Fonte:.zenit