quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Agosto - mês vocacional!!




O mês de agosto é o mês vocacional. É um tempo em que a Igreja incentiva a reflexão, promoção e a oração pelas vocações. O assunto “vocação” pode não ser atraente para muitos jovens hoje em dia, pelo fato de que tem que questionar –se diante de Deus, de si mesmo, às vezes da própria família e amigos. Nem todos se dispõem a ser questionado neste assunto, mas vale a pena refletir um pouco sobre o que significa ter vocação e em particular a vocação missionária.

Hoje, parece que tem muitos que confundem vocação com profissão. São dois conceitos diferentes. Portanto, é bom esclarecer que a profissão trata-se de uma escolha da pessoa que busca uma realização profissional no campo do trabalho, seguindo suas inclinações, aptidões e estudos. Mas quando falamos sobre vocação, antes de tudo estamos falando sobre um convite que Deus faz à pessoa, fato que podemos verificar na Sagrada Escritura. Mas nas mesmas Escrituras podemos ver as respostas iniciais ao chamado, “quem sou eu para ir...” Êx 3, 11; “Ai de mim, estou perdido ...” Is 6,5; “Ah, Senhor Javé, eu não sei falar, porque sou jovem” Jer 1,6; “Senhor, afasta-te de mim, porque sou um pecador!” Lc 5,8. Nelas também sempre recorrem-se aos refrões: “não tenha medo” Lc 5,10; “ Eu estou com contigo”,” Ex 3,12; “Veja: estou colocando minhas palavras em sua boca” Jer 1,9. Tudo isso mostra que na visão bíblica quem chama também se compromete com quem é chamado.

Como batizados recebemos um chamado para seguir Jesus numa comunidade de fé, somos marcados e configurados em Cristo (ver Efésios 4,22-24) para ser o povo de Deus. É pelo nosso batismo que todo o povo de Deus participa, cada um no seu caminho, na missão de Cristo como povo eleito, sacerdote, profeta e rei (1 Pedro 2,4-9, Rito de Batismo - unção pós-batismal, Christifideles Laici, 14). Assim todos nós temos uma vocação comum em Cristo, que é antes e mais fundamental de qualquer chamado particular ou vocação. Como sabemos, os membros do povo de Deus são chamados ao matrimônio, ministérios laicais ao serviço da comunidade cristã e da sociedade, vida religiosa e missionária, e para os ministérios ordenados. Assim, todos nós temos a missão de evangelizar onde estamos. Mas o fato de que a missão está aqui, em nossas comunidades, paróquias e dioceses, não exclui ou dilui a vocação para servir na missão universal da Igreja. Neste contexto também temos a vocação missionária ‘além-fronteiras’ como resposta ao convite de Cristo: “Vão pelo mundo inteiro e anunciem a Boa Notícia para toda a humanidade”(Mc 16,15).

Cristo que veio para salvar a todos, quer que todos os povos da terra fiquem sabendo disso. Mas isso acontecerá somente se homens e mulheres aceitarem a proposta missionária de Jesus. Será que Deus parou de chamar jovens a serem missionários além-fronteiras? A evidência diz não! Como descobrimos nas Sagradas Escrituras a iniciativa é sempre de Deus, e o missionário sempre vai em nome de Deus para construir um projeto que é de Deus. Como Jesus disse, “Assim como o Pai me enviou, eu também envio vocês” (João 20,21). Portanto, a vida dos missionários e missionárias é gasta no meio de povos e culturas diferentes testemunhando, anunciando, dialogando e promovendo a vida, especialmente no meio do mais pobres e necessitados deste mundo.

Como uma pessoa jovem concretiza sua vocação missionária? Hoje em dia há várias maneiras de responder ao chamado missionário, além-fronteiras, tanto em institutos para leigos e também em congregações religiosas para jovens que quer se dedicar como consagrado. A Congregação do Espírito Santo é uma destas congregações que se dedicam a vida missionária numa forma radical. Desde a origem, os Espiritanos, anunciaram o evangelho, dirigindo-se preferencialmente àqueles que não ouviram a mensagem de Jesus Cristo ou mal a ouviram; servindo aos oprimidos e necessitados, e assumindo trabalhos para os quais a Igreja dificilmente encontra trabalhadores. Deixando-se fascinar por Cristo e sua mensagem o jovem pode responder “sim” ao chamado de Deus e participar dessa aventura de ser missionário (a).
Autor/Fonte: Pe. Maurício Shortall, CSSp

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